Calendário apertado e campeonato decidido tiram figurões do GP de São Paulo – UOL Esporte

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Fã de Fórmula 1 desde a infância, Julianne Cerasoli nasceu em Bragança Paulista (SP) e hoje vive em Londres (Inglaterra). Atua como jornalista desde 2004, tendo trabalhado com diversos tipos de mídia ao longo dos anos, sempre como repórter esportiva e com passagem como editora de esportes do jornal Correio Popular, em Campinas (SP). Cobrindo corridas in loco na Fórmula 1 desde 2011, começou pelo site especializado TotalRace e passou a colaborar para o UOL Esporte em 2015, e para sites e revistas internacionais. No rádio, é a repórter de Fórmula 1 da Sistema Bandeirantes de Rádio desde 2017, e também faz participações regulares no canal Boteco F1, o maior dedicado à categoria no YouTube. Em 2019, Julianne criou o projeto No Paddock da F1 com a Ju, na plataforma Catarse, em que busca aproximar os fãs da Fórmula 1 por meio de conteúdo on demand e podcast exclusivo com personagens da categoria. Neste espaço: Única cobertura in loco de toda a temporada da Fórmula 1 na mídia brasileira, com informações de bastidores, entrevistas exclusivas, análises técnicas e uma pitada de viagens.
Colunista do UOL
11/11/2022 04h00
A expectativa é de recorde de público nas arquibancadas em Interlagos para o GP de São Paulo neste final de semana, mas a história é um pouco diferente na área do paddock, onde as equipes trabalham. Chefes de equipe importantes, como Toto Wolff da Mercedes e Mattia Binotto da Ferrari, e o presidente da FIA, Mohammed ben Sulayem, decidiram não marcar presença na prova paulistana, que também conta com um número muito menor que o normal de jornalistas estrangeiros. Tudo reflexo direto de um calendário inchado e condensado por conta da Copa do Mundo, a distância geográfica e o campeonato já decidido.
Tanto Wolff, quanto Binotto, não têm ido a todas as corridas da temporada. E a opção de pular a etapa brasileira faz sentido porque já não há muito em jogo e se trata de uma viagem longa para ser feita depois que o circo da F1 voltou para a Europa após provas nos EUA e México.

Mas o maior entrave é a corrida seguinte, logo no próximo final de semana, em Abu Dhabi. Para chefes como Wolff e Binotto, é importante estar na prova de Yas Marina porque será o encerramento da temporada, mas principalmente por se tratar de uma corrida muito frequentada por patrocinadores e parceiros em potencial. E Binotto, particularmente, é engenheiro e fica muito focado nesta época do ano na coordenação do projeto do ano que vem na fábrica.
Já a agenda de Sulayem é uma incógnita no paddock. Ele esteve muito presente ao longo desta, que é sua primeira temporada no comando da FIA, mas, coincidentemente ou não, desde que o caso da quebra do teto orçamentário por parte da Red Bull veio à tona, só esteve um um GP, nos Estados Unidos. E certamente estará em seu GP caseiro em Abu Dhabi.
A “fuga” dos jornalistas também tem motivos práticos. Com o campeonato decidido, a preferência da grande maioria dos veículos foi focar os gastos na última prova do ano em Abu Dhabi, até porque os custos de se fazer as duas corridas em sequência e as dificuldades logísticas são bastante consideráveis.
Isso porque um fim de semana da Fórmula 1 começa com as entrevistas na quinta-feira, o que significa que estes profissionais precisariam sair na segunda-feira de São Paulo e chegar até quarta-feira em Abu Dhabi. Para fazer isso, só com as passagens os gastos ficam por volta de R$ 10.000.
Ter de tomar decisões como esta, seja para evitar tantas viagens, seja pelos custos, tem se tornado mais comum na F1 com o crescimento da temporada que, em 2022, veio acompanhado de uma certa correria para terminar o campeonato antes do início da Copa do Mundo. Curiosamente, como a FIFA adiantou o jogo de abertura, agora o GP de Abu Dhabi vai terminar apenas algumas horas antes do pontapé inicial entre Qatar e Equador.
É por conta da Copa que a F1 acabou decidindo arriscar e fazer a dobradinha Brasil-Abu Dhabi, mesmo correndo riscos de atraso de equipamentos, como ocorreu na primeira vez em que isso foi feito em 2010. As corridas do país, com exceção de 2021, outro campeonato atípico por conta da pandemia, costumavam ser feitas com o espaço de duas semanas para as demais etapas.
Será curioso ver se um GP de São Paulo esvaziado será o ?novo normal?, com o aumento do número de etapas nesta parte final do ano. Em 2023, a prova paulistana será a última de uma sequência de três eventos em três finais de semana seguidos (após o GP dos EUA em Austin e o evento da Cidade do México), e ainda por cima acontece duas semanas antes da corrida mais esperada do ano, a estreia de Las Vegas.
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Julianne Cerasoli
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