F1: Mudança de regra vai colocar Mercedes na briga com Red Bull e Ferrari? – UOL Esporte

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Fã de Fórmula 1 desde a infância, Julianne Cerasoli nasceu em Bragança Paulista (SP) e hoje vive em Londres (Inglaterra). Atua como jornalista desde 2004, tendo trabalhado com diversos tipos de mídia ao longo dos anos, sempre como repórter esportiva e com passagem como editora de esportes do jornal Correio Popular, em Campinas (SP). Cobrindo corridas in loco na Fórmula 1 desde 2011, começou pelo site especializado TotalRace e passou a colaborar para o UOL Esporte em 2015, e para sites e revistas internacionais. No rádio, é a repórter de Fórmula 1 da Sistema Bandeirantes de Rádio desde 2017, e também faz participações regulares no canal Boteco F1, o maior dedicado à categoria no YouTube. Em 2019, Julianne criou o projeto No Paddock da F1 com a Ju, na plataforma Catarse, em que busca aproximar os fãs da Fórmula 1 por meio de conteúdo on demand e podcast exclusivo com personagens da categoria. Neste espaço: Única cobertura in loco de toda a temporada da Fórmula 1 na mídia brasileira, com informações de bastidores, entrevistas exclusivas, análises técnicas e uma pitada de viagens.
Colunista do UOL
24/08/2022 04h00
A Fórmula 1 volta neste fim de semana com o GP da Bélgica e com dúvidas sobre como estarão as duas equipes que dividiram as vitórias até aqui na temporada. Afinal, espera-se que Red Bull e Ferrari tenham que fazer modificações em seus carros devido a uma mudança de regra que entra em vigor neste fim de semana. Com isso, a Mercedes, que lutou pela vitória na última corrida na Hungria, pode se aproximar ainda mais. Contando, é claro, que o time consiga controlar os saltos do seu carro.
Isso porque essa nova regra faz parte de um pacote para tentar ?acalmar? os carros, impedindo os saltos excessivos que vimos principalmente (com a Mercedes) no GP do Azerbaijão. Pela regra que entra em vigor a partir deste final de semana, haverá um controle de movimento vertical dos carros para evitar que eles fiquem saltando. Por meio de uma fórmula complicada, a FIA estipula um limite e, se um carro estiver passando dele, terá que andar mais distante do solo. Assim, o carro perde rendimento.

Essa métrica vinha sendo usada nas últimas corridas, mas sem penalização. Então as equipes já sabem o que esperar.
Mas o que essa métrica tem a ver com o rendimento de Red Bull e Ferrari, já que a Mercedes sofreu mais com esses saltos na primeira parte do campeonato? Quando estava estudando o que fazer para diminuir os saltos, a FIA percebeu que duas equipes tinham interpretado as regras de uma maneira diferente, aumentando a flexibilidade da parte posterior da prancha de madeira que fica no meio do assoalho. Isso, em teoria, não seria permitido pelo regulamento, mas não havia nada nas regras efetivamente proibindo essa solução que Ferrari e Red Bull encontraram.
Essa maior flexibilidade da prancha ajuda o carro a andar mais próximo do solo e isso é importante para a performance, principalmente agora com a volta do efeito-solo, com o regulamento de 2022.
Então a FIA justificou que não seria justo usar a mesma métrica para interpretações diferentes do regulamento e proibiu a saída da líder e da vice-líder do mundial. Até aqui, ambas as equipes estão assegurando que a mudança não vai prejudicar o rendimento do carro de forma significativa.
A Red Bull, inclusive, está preparando um chassi novo, na busca de diminuir seu peso, algo em que a equipe vem focando desde o início da temporada. É de se imaginar que, se o time chegou a este nível de gastar para homologar um novo chassi, é porque eles conseguiram algum ganho significativo.
Em 2022, Max Verstappen e a Red Bull têm ampla vantagem em ambas as tabelas e seguem como favoritos. Mas com essa mudança, somada ao crescimento da Mercedes nas últimas etapas, há a expectativa de corridas bastante disputadas nesta segunda metade do campeonato.
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