Arte-educadores da Secretaria de Cultura são indicados ao “Prêmio Governador do Estado de São Paulo”

Inclusão, liberdade e expressão, era isso que o psiquiatra e precursor da arteterapia, Dr. Osório Thaumaturgo César, buscava oferecer aos seus pacientes no antigo Hospital Psiquiátrico do Juquery. Talvez um espaço onde os “alienados”, como eram chamados na época, pudessem se expressar e transformar o jeito que viam o mundo por meio da arte.

Na última terça-feira (24), esse espírito de transformação esteve presente. A Secretaria de Cultura, por meio de sua equipe de arte-educadores (professores, museólogos e historiadores) do Museu de Arte Osório César (MAOC), representou a cidade no “Prêmio Governador do Estado de São Paulo” na categoria Museus e Centros Culturais, com o projeto “Noturnos do Juquery”.

Participaram da cerimônia o arte-educador Edmar Almeida, a museóloga Michelle Guimarães, o historiador de arte Elielton Ribeiro, a professora de arte Letícia Tancredo, o secretário de Cultura Jadilson Lourenço e o secretário de Educação Eduardo Reis, todos comprometidos com o fortalecimento da identidade cultural de Franco da Rocha. O grupo compartilhou com o público uma experiência sensível e importante, por meio das obras de artistas que foram pacientes do Juquery. Foi um momento de diálogos, trocas e vivências.

O projeto Noturnos do Juquery é uma formação voltada a educadores de arte e aos professores da rede municipal de ensino e arte-educadores e que acontece no Museu de Arte Osório César (MAOC), tendo também encontros virtuais. A proposta visa facilitar o acesso a pesquisas, relatos e documentos sobre a história do Complexo Hospitalar do Juquery e do museu, oferecendo oportunidades para que estudantes conheçam de perto a identidade da cidade de Franco da Rocha. Além disso, o projeto apresenta curiosidades e histórias por trás de cada obra exposta no museu, valorizando as produções artísticas dos pacientes, que acabam sendo utilizadas como ferramentas pedagógicas.

O Prêmio Governador do Estado de São Paulo contempla diversas áreas culturais, promovendo visibilidade e incentivo a projetos. São contempladas categorias como Literatura, Música, Artes Visuais, Teatro, Cinema e Dança, entre outras. E Franco da Rocha, com o projeto autoral, teve seu momento.

“Ver o nome do Museu Osório César no telão, representando nossa cidade nesse prêmio, foi emocionante. A indicação foi uma surpresa, feita por alguém que viu o valor do nosso trabalho. Estar ali já foi uma vitória.”, comentou, emocionado, o arte-educador Edmar Almeida.

Mesmo sem levar o troféu, a indicação ao prêmio é um marco para Franco da Rocha. Essa foi uma celebração e reconhecimento do que foi vivido e se vive até os dias de hoje.

Segundo o historiador, Elielton Ribeiro: “Uma indicação como essa expõe a potência de Franco da Rocha a partir da produção artística no antigo Hospital Psiquiátrico do Juquery, o papel do Museu de Arte Osório Cesar na transformação social e como  Educação e Cultura podem trabalhar de forma conjunta na identidade de um território. Do Chão da Escola ao Território da Cultura”.

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