Vai ter Instituto Federal em Franco da Rocha, sim!

Na noite da última quinta-feira (03), Franco da Rocha deu um passo histórico em direção à transformação social por meio da educação. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, promoveu uma Audiência Pública sobre a implantação do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) na cidade.
O evento aconteceu no Auditório da Secretaria de Educação, localizado no Complexo Hospitalar do Juquery, local onde também será implantado o novo campus e contou com a participação da comunidade, além de transmissão ao vivo pelo canal oficial da Prefeitura no YouTube.
A audiência contou com a presença de autoridades: a prefeita Lorena Oliveira, o vice-prefeito Diego Hernandes, vereadores municipais e os secretários das pastas da gestão. Também participaram representantes de instituições de ensino da região: Cláudia Fonseca, diretora do campus IFSP Franco da Rocha; Patrícia Silva, diretora adjunta; Paulo Hélio Kanayama, diretor da FATEC Franco da Rocha; Marcos Roberto de Godoi, diretor da ETEC Franco da Rocha; Rafael do Nascimento Silva, diretor da ETEC de Caieiras; Sueli Rodrigues dos Santos Rego, dirigente regional de ensino de Caieiras; Ricardo Agostino, professor do IFSP e mestre em engenharia pela Universidade Federal do ABC; além de estudantes do Instituto Federal que lideram o movimento estudantil “Faz Tudo”.
“Franco da Rocha está recebendo R$1 milhão em emenda parlamentar para viabilizar a implantação do Instituto Federal. Inicialmente, as atividades acontecerão no prédio da Escola Municipal Adamastor Batista, enquanto avançamos com o processo de instalação definitiva no Complexo Hospitalar do Juquery. Um campus do IFSP em nossa cidade também é resultado de um trabalho construído em conjunto”, informou a prefeita Lorena Oliveira sobre o esforço coletivo para a conquista.
IFSP: ensino, pesquisa e extensão
Durante a audiência, as diretoras do campus Cláudia Fonseca e Patrícia Silva apresentaram a estrutura organizacional e o funcionamento dos Institutos Federais, que operam com base em três eixos: ensino, pesquisa e extensão, conforme estabelece a Lei nº 11.892/2008. A legislação orienta que os IFs ofereçam educação pública gratuita, de qualidade e que atenda as necessidades dos territórios em que estão inseridos.
Foram apresentados também os eixos tecnológicos oferecidos pelo IF que organizam os cursos técnicos e superiores com base em ensinos de produção, sociais e culturais, sendo obrigatoriamente 50% das vagas oferecidas em cursos de nível técnico e 20% na formação de professores. A proposta é que a própria comunidade ajude a definir os cursos a partir de um formulário disponibilizado, com sugestões para os seguintes eixos:
- Ambiente e Saúde
- Controle e Processos Industriais
- Desenvolvimento Educacional e Social
- Gestão e Negócios
- Informação e Comunicação
- Infraestrutura
- Produção Alimentícia
- Produção Cultural e Design
- Produção Industrial
- Recursos Naturais
- Segurança
- Turismo, Hospitalidade e Lazer
Com base na escuta popular, será possível montar um plano de cursos alinhado com as vocações locais e as necessidades dos jovens. Segundo a diretora adjunta, Patrícia, neste segundo semestre serão ofertadas 400 vagas e posteriormente 1600.
Vozes da população
Margarete Moreira é moradora de Franco da Rocha, no Parque Lanel e participou da audiência acompanhada de suas duas filhas, Rafaela (13) e Lara (12). “É importante que elas vejam, desde já, que é possível estudar e mudar suas vidas. Além de tudo também vim aqui hoje porque moro há 30 anos em Franco da Rocha e não imaginava que podia acontecer a implantação, Franco está mudando muito”, comentou a mãe.
Sara Santos também é munícipe e professora da ETEC, segundo a educadora, o Instituto Federal será fundamental em Franco da Rocha, principalmente para elevar a comunidade carente que existe no município.
“A educação é a principal ferramenta de transformação. Os jovens terem onde estudar e se sentirem pertencentes faz toda a diferença, pois eles vão estudar aqui e aqui também farão sua fonte de renda, além de terem o senso de pertencimento, saberem que podem muito mais. No entanto, precisamos de políticas públicas de permanência, porque um dos maiores desafios é evitar a evasão tanto nas escolas, quanto faculdades. Isso também deve ser prioridade”, afirmou a professora.
O secretário municipal de Educação, Eduardo Reis, reforçou o quão participativo é o projeto. “A construção passa, necessariamente, pela escuta da comunidade. É ouvindo estudantes, educadores, gestores e o setor produtivo que vamos garantir uma oferta de cursos conectada com as vocações e necessidades reais do nosso território”, disse.
O processo de escuta qualificada garante a transparência do projeto e fortalece a participação social na definição das áreas de formação, com foco na inclusão e no desenvolvimento regional. “Mais do que escolher cursos, estamos ajudando a definir o futuro da nossa juventude. O IFSP é um projeto de transformação social”, complementou o secretário.
Participe:
Para escolher os cursos e construir o Instituto Federal de Franco da Rocha com a cara da cidade, preencha o formulário: https://scan.page/68668674a5e8a