PF desmantela grupo que aplicou golpe de R$ 100 mi com criptomoedas em SC e PR – InfoMoney

Lucas Gabriel Marins
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A Polícia Federal (PF) desmantelou nesta terça-feira (27) uma associação criminosa que prometia pagar altos lucros por meio de falsos projetos de criptomoedas e tokens não fungíveis (NFTs). A estimativa é que o grupo tenha causado prejuízo de R$ 100 milhões a 22 mil pessoas.
Na ação, batizada de de Operação Fast, os policiais cumpriram dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão nos municípios de Itajaí e Balneário Camboriú, em Santa Carina, e Curitiba e Londrina, no estado do Paraná.
As autoridades, que investigam o caso desde 2022, também informaram que estão sendo executadas medidas de sequestros e bloqueios de bens de cinco pessoas e três empresas – os nomes não foram divulgados.
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De acordo com a PF, os envolvidos ofereciam uma falsa criptomoeda para as vítimas, que estaria ligada a projetos e entregaria lucros. Os rendimentos, no entanto, não foram pagos, o que fez as pessoas procurarem as autoridades.
Para dar certa credibilidade ao criptoativo falso, os envolvidos chegaram a promover o ativo digital em uma feira em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, segundo a investigação.
Além de afirmarem trabalhar no setor cripto, os integrantes do esquema também diziam que atuavam na comercialização de franquias de mobilidade urbana.
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Os integrantes do grupo vão responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, “cujas penas máximas totais previstas podem chegar a 28 anos de reclusão”, segundo a PF.
Golpes com criptomoedas no Brasil causaram perdas de pelo menos R$ 40 bilhões a 4 milhões de brasileiros em cinco anos. Um suposto esquema envolve uma gestora com fundos regulados localizada na Faria Lima, em São Paulo, o principal centro financeiro do Brasil.
No país, segundo pesquisa recente feita pela Comissão de Valores Mobiliários em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as vítimas de pirâmides têm mais chances de cair novamente no mesmo golpe do que pessoas que nunca foram prejudicas por esse tipo de esquema.
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Lucas Gabriel Marins
Jornalista colaborador do InfoMoney













