7 novelas antigas da Globo que não estão no Globoplay – Canaltech
Por Diandra Guedes | Editado por Jones Oliveira | 23 de Novembro de 2022 às 11h00
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Desde que foi lançado, o Globoplay surgiu como uma nova opção de streaming, trazendo filmes e séries originais e nacionais, além de produções internacionais e já conhecidas do público como a saga Pânico e Jogos Vorazes. A plataforma também se diferencia por disponibilizar novelas antigas da Rede Globo, como Quatro Por Quatro, O Rei do Gado, Anjo Mal, Selva de Pedra, entre outras.
Mas, para a frustração de alguns assinantes, há folhetins que ainda não entraram no catálogo do streaming. Pensando nisso, o Canaltech listou sete novelas antigas que foram sucesso de audiência mas que ainda não estão no Globoplay.
Lançada em 2002, Esperança foi mais uma novela de Benedito Ruy Barbosa focada na Itália. O autor havia estreado em 1996 O Rei do Gado, que focava na rivalidade entre duas família italianas, e posteriormente, em 1999, Terra Nostra, que contava sobre o processo de imigração dos italianos para o Brasil para trabalharem nas fazendas de café.
A produção foi, inclusive, idealizada para se chamar Terra Nostra 2 e continuar a história iniciada anteriormente, mas Benedito desistiu da ideia e criou uma nova trama, agora focada no processo de industrialização de São Paulo e na formação do movimento operário de 1932.
Ao contrário das novelas anteriores, Esperança focou não apenas nos italianos, mas também nos espanhóis, judeus e portugueses, e teve o tema de abertura gravado nos quatro idiomas representados.
Vale lembrar que o elenco da novela, repetiu vários atores das produções passadas, como Ana Paula Arósio, Maria Fernanda Cândido e Antônio Fagundes. O protagonista masculino dessa vez ficou com Reynaldo Gianecchini, pois o autor acreditava que seria difícil para Thiago Lacerda interpretar um outro italiano totalmente diferente do Matteo de Terra Nostra.
Já que falamos em Antônio Fagundes, uma novela estrelada pelo ator que ainda não está no Globoplay é O Dono do Mundo. A produção é de 1991 e foi escrita por Gilberto Braga e dirigida por Dennis Carvalho, Ricardo Waddington e Mauro Mendonça Filho.
A trama conta a história de Felipe (Fagundes), um cirurgião plástico bem-sucedido e sem caráter que aposta com um amigo que conseguiria levar à noiva virgem de seu colega Walter (Tadeu Aguiar) para cama antes do noivo.
Desse modo, ele oferece uma viagem de lua-de-mel ao jovem casal e embarca junto alegando que precisava tratar de assuntos de negócios. No local, ele consegue cumprir sua promessa, o que faz com que Márcia (Malu Mader), a tal noiva virgem, seja rejeitada por toda a sociedade.
Desesperada e desiludida, Márcia promete vingança e é a partir de então que a novela toma outros rumos, entregando inclusive um excelente plot twist.
A abertura também foi um dos destaques da trama de O Dono do Mundo. Ela mescla a música Querida, de Tom Jobim, com cenas do filme O Grande Ditador de Charles Chaplin e imagens de mulheres seminuas.
Outra novela de sucesso com Antônio Fagundes que ainda não está no catálogo do Globoplay é Rainha da Sucata. Escrita por Sylvio de Abreu, Alcides Nogueira e José Antônio de Souza, a obra chamou atenção do público da época por fazer uma oposição entre os novos ricos e a elite paulistana decadente.
A trama mostra a rivalidade entre uma sucateira emergente (Regina Duarte) e uma família tradicional paulistana que está à beira da falência. Entre os personagens de destaque estão a vilã Laurinha Figueiroa (Glória Menezes), seu enteado Edu (Tony Ramos) e o corrupto Renato Maia (Daniel Filho).
Além deles, no núcleo cômico, o destaque ficou para Aracy Balabanian, que deu vida à excêntrica Dona Armênia, cujo sotaque mesclava português e armênio e cujo bordão “na chon” e “minhas filhinhas” caiu na boca do povo.
Já a abertura, mostrava uma boneca feita de sucata dançando lambada ao som de Me Chama que eu Vou de Sidney Magal. A novela foi importante para difundir o ritmo, que se popularizou no Brasil nos anos de 1990.
Saindo da década de 1990 e indo para a de 2010, Escrito nas Estrelas foi uma novela do horário das 18h que também conquistou a audiência. Com uma trama que mescla plano terreno e plano espiritual, a produção conta a história do doutor Ricardo Aguillar (Humberto Martins) que acaba se envolvendo com Viviane (Nathalia Dill).
Acontece que a moça havia sido namorada de seu filho falecido, Daniel (Jayme Matarazzo), e agora pai e filho irão disputar o amor da jovem ainda que estejam em planos diferentes.
Escrita por Elizabeth Jhin, a novela teve 143 capítulos e foi elogiada pela trama enxuta e conscisa. Além dos protagonistas, vale destacar o personagem de Alexandre Nero, o Gilmar, um vilão engraçado e carismático.
Outra novela das 18h que fez sucesso com o público foi História de Amor. A trama é assinada por Manoel Carlos com colaboração de Elizabeth Jhin e aborda questões do universo feminino como a vontade excessiva de ser mãe, violência contra a mulher, gravidez na adolescência e campanhas de conscientização contra o câncer de mama.
Além disso, traz um elenco de figurinhas carimbadas nas obras de Maneco, como José Mayer, Regina Duarte, Ângelo Antônio, Nuno Leal Maia, Carolina Ferraz, entre outros.
Vale lembrar que Histórias de Amor também abordou o tema da deficiência física no esporte por meio da história do personagem Assunção, campeão de remo que sofre um acidente e fica paraplégico.
Escrita por Glória Perez e dirigida por Wolf Maya, Barriga de Aluguel foi exibida no horário das 18h e trouxe uma discussão importante para as telas: os limites éticos da inseminação artificial envolvendo mães de aluguel.
Na trama, Ana (Cássia Kiss) e Zeca (Victor Fasano) vivem um casamento dos sonhos, mas não conseguem ter filhos. Desse modo, decidem alugar a barriga de Clara (Cláudia Abreu), uma jovem pobre que vê na proposta uma chance de melhorar de vida.
Acontece que quanto mais a gestação avança, mais Clara se apega à criança e após o parto decide lutar por sua guarda. A questão levantou polêmica e contou com a participação do público por meio de enquetes. Para o final da novela, Glória preferiu deixar o desfecho em aberto e retratou, na cena final, Ana e Clara andando de mãos dadas com o bebê.
Para abertura, a música escolhida foi Aguenta Coração de José Augusto.
Escrita por Euclydes Marinho e dirigida por Denis Carvalho e José Villamarim, Desejos de Mulher foi uma produção das 19h que usou a indústria e o mercado da moda no Brasil como pano de fundo para contar a história de Andréa (Regina Duarte) e Júlia (Glória Pires), duas irmãs que vivem em conflito em suas vidas. O núcleo cômico ficou com os personagens Tadeu (Otávio Muller) e Ariel (José Wilker).